Dois tipos de terapia se destacam quando se busca solucionar problemas sexuais: são a psicoterapia focada no relacionamento e a psicoterapia sexual. Cada uma delas aborda os desafios sexuais de maneiras distintas, direcionando-se às origens específicas dos problemas. Vou te explicar o que cada uma delas busca abordar.
Psicoterapia Focada no Relacionamento
A terapia de casal ou individual focada no relacionamento é uma opção recomendada quando os problemas sexuais estão intrinsecamente ligados às dinâmicas da relação. Este tipo de terapia visa identificar as circunstâncias, problemas e marcas emocionais presentes no relacionamento que estão afetando a vida sexual do casal. Alguns dos problemas comuns que podem ser abordados incluem a falta de intimidade, mágoas acumuladas ao longo do tempo e agressões verbais.
Ao trabalhar diretamente nas questões relacionais, a terapia focada no relacionamento procura promover uma comunicação mais aberta e saudável entre os parceiros, criando uma base sólida para a resolução dos problemas sexuais. Essa abordagem é particularmente eficaz quando os desafios sexuais têm raízes profundas na história e na dinâmica do relacionamento.
Os casais que passam por essa psicoterapia são capazes de ter uma compreensão clara de como as suas ações estão afetando o parceiro e aprendem, não apenas a se comunicar, mas a viver uma prática de relacionamento cotidiana que seja mais saudável. A forma como o casal trata um ao outro e as implicações que isso tem na autoestima e entrega durante a relação sexual.
A psicoterapia focada no relacionamento não apenas aborda os problemas sexuais, mas também gera uma transformação profunda na dinâmica do casal. Nutrindo a compreensão, promovendo uma comunicação efetiva e fortalecendo a autoestima. Essa abordagem terapêutica cria os alicerces necessários para que a intimidade se torne uma expressão natural da conexão emocional, que é consolidada ao longo do processo terapêutico.
Psicoterapia Sexual
Por outro lado, a terapia sexual é aconselhada quando os problemas sexuais são mais específicos e relacionados a questões pessoais. Tabus culturais, vergonha, crenças limitantes, ou problemas fisiológicos, como disfunção erétil, podem ser tratadas com essa abordagem. Este tipo de terapia concentra-se na pessoa como indivíduo, explorando suas crenças, traumas passados, e quaisquer obstáculos psicológicos ou fisiológicos que possam estar interferindo na vida sexual.
Ao contrário da terapia focada no relacionamento, a terapia sexual destina-se a lidar com obstáculos que podem ser exclusivamente pessoais e não necessariamente vinculados à dinâmica do casal. Essa abordagem oferece uma compreensão mais profunda das origens dos problemas sexuais. A eficácia da terapia sexual reside na sua capacidade de tratar questões que transcendem a relação, permitindo que o indivíduo trabalhe de maneira mais direta em direção a uma expressão mais saudável e satisfatória da sexualidade, independentemente do contexto do relacionamento.
Elas podem ser feitas ao mesmo tempo
Quando se trata de casos específicos, como o vício em pornografia, as duas terapias podem ser combinadas. Recomenda-se que a pessoa viciada busque a terapia sexual para abordar diretamente o vício e, também, uma terapia focada no relacionamento, considerando que esse problema pessoal gerou problemas graves no relacionamento.
Em resumo, a escolha entre terapia focada no relacionamento e terapia sexual depende das origens dos problemas sexuais. Ambas as abordagens têm seus méritos e podem ser combinadas, se necessário, para oferecer uma solução abrangente e eficaz para os desafios enfrentados pelo casal. Se você ainda tem dúvidas a respeito disso, recomendo que agende uma sessão para expôr os problemas e receber um direcionamento profissional.