Falsos amores são sentimentos que confundimos com amor, mas que não são. Por causa deles, nos agarramos a relacionamentos infelizes, aceitamos muito menos do que merecemos e nos tornamos péssimos parceiros. O amor pode se disfarçar sob outras emoções e sentimentos que, à primeira vista, parecem genuínos, mas que, na realidade, não passam de necessidades emocionais mal resolvidas. Veja agora quais são esses sentimentos:
Dependência
A dependência emocional é um dos falsos amores mais comuns. Quando acreditamos que não podemos viver sem a presença da outra pessoa, é sinal que a relação não está fundamentada no amor.O dependente emocional manifesta um padrão de comportamento que se caracteriza por uma intensa necessidade de aprovação e validação constante por parte do parceiro. Essa pessoa tende a sentir-se incompleta sem a presença constante do outro, buscando incessantemente provas de amor e valorização.
A ansiedade gerada pelo medo da rejeição pode levar o dependente emocional a sacrificar suas próprias necessidades e desejos, colocando a felicidade do parceiro acima da sua própria. Esse padrão de comportamento gera uma dinâmica desequilibrada no relacionamento, com a dependência emocional sufocando a liberdade individual e, muitas vezes, levando a um ciclo de insegurança e busca constante por validação. O amor verdadeiro promove autonomia e parceria, não uma necessidade desesperada.
Substituição
A substituição ocorre quando queremos que o atual parceiro nos ame como outra pessoa do passado já nos amou, podendo ser comparado com o amor da mãe ou de uma ex-namorada por exemplo.Essa pessoa busca moldar o presente de acordo com experiências passadas. Algumas características desse falso amor incluem a constante comparação do parceiro atual com figuras do passado, buscando replicar dinâmicas e emoções já vivenciadas.
A pessoa que sente esse falso amor coloca expectativas irrealistas no parceiro atual, esperando que ele preencha o mesmo papel desempenhado por alguém do passado. Isso cria uma pressão significativa sobre o relacionamento, pois o parceiro atual se sentir constantemente comparado e insuficiente. O foco excessivo nas características do passado pode obscurecer a capacidade de apreciar e cultivar uma conexão verdadeira com o parceiro atual. Além disso, a pessoa que busca a substituição não aceita as mudanças naturais que ocorrem nos relacionamentos.
Amor por Vaidade
Esse é o amor de quem ama se sentir amado. Amar o amor que o outro tem por nós, é diferente de amar a pessoa. O amor do outro lhe traz segurança pessoal, massageia o ego e o reforça o seu valor. A pessoa que ama por vaidade, usa o amor do outro como alimento para o próprio ego. Nesse contexto, a pessoa pode encontrar satisfação principalmente na admiração que recebe do parceiro, não tanto pelo indivíduo em si, mas pela validação proporcionada. O relacionamento torna-se uma vitrine para a vaidade pessoal, onde a busca por reconhecimento externo supera a genuína apreciação e compreensão do parceiro.
Esse, é o famoso amor de Instagram. O qual a pessoa adora expôr e receber declarações em público. Relacionamentos moldados pela vaidade frequentemente se tornam frágeis, a dinâmica pode se tornar egocêntrica, onde cada parte busca satisfazer suas próprias necessidades de reconhecimento, e negligencia as necessidades emocionais do parceiro.
Medo do Abandono
O medo do abandono é um dos falsos amores mais fortes, ele pode conduzir a relacionamentos tóxicos, onde a necessidade constante de segurança se traduz em violências emocionais. Quem sente medo de abandono, exige constantemente provas de importância e sufocar o parceiro, levando-o a um ambiente emocionalmente instável.
A pessoa que experimenta o medo do abandono geralmente vive com uma ansiedade persistente de ser deixada para trás, o que pode resultar em um comportamento controlador e exigente. A necessidade constante de provas de importância se manifesta em diversas formas, desde pedidos incessantes de atenção até demonstrações frequentes de afeto.
A pessoa teme constantemente ser esquecida ou substituída, levando-a a sufocar o parceiro com demandas incessantes e sem consideração pelas necessidades individuais do outro. A violência emocional se torna uma consequência prejudicial desse medo, manifestando-se em manipulações, chantagens emocionais e exigências irracionais. O parceiro pode sentir-se aprisionado, incapaz de satisfazer as expectativas incessantes e, ao mesmo tempo, enfrentando uma pressão constante para provar seu comprometimento.
Compensação
Esse é um dos falsos amores que mais se camufla. Quando tentamos compensar erros do passado no atual relacionamento, corremos o risco de criar relacionamentos baseados em dívidas emocionais. Em vez de superar nossas falhas, podemos acabar transferindo a carga emocional para o parceiro, gerando ressentimentos e desequilíbrio na relação. A pessoa busca redenção através do amor e do compromisso do parceiro atual.
O parceiro pode sentir-se sobrecarregado com a responsabilidade de preencher as lacunas deixadas por experiências passadas, resultando em um ambiente carregado de expectativas frustradas e ressentimentos. Além disso, o relacionamento pode tornar-se um terreno fértil para dinâmicas de poder desequilibradas, com a pessoa buscando compensação muitas vezes assumindo um papel dominante. Isso pode criar uma atmosfera na qual as decisões e ações são influenciadas pela necessidade de “pagar” uma dívida emocional, em vez de serem tomadas com base na autenticidade e nas necessidades atuais do casal.
Esse desejo pode surgir como vingança. Por exemplo: se a pessoa foi traída no relacionamento passado, pode decidir “não ser mais trouxa” no relacionamento atual, se tornando mais agressiva ou negligente. Por outro lado, isso também pode acontecer quando a pessoa percebe que foi ela quem errou, então tenta ser o namorado ou a namorada mais perfeito que puder, corrigindo assim todos os seus erros antigos. O problema, é que essa pessoa está se tornando o parceiro perfeito para o ex, não para o atual.