A paixão é uma experiência emocional intensa que ocorre no cérebro humano. É uma mistura complexa de sentimentos, desejos e pensamentos que surge quando nos apaixonamos por alguém. Embora seja uma experiência profundamente pessoal, existem aspectos neurobiológicos envolvidos na forma como a paixão acontece em nosso cérebro, veja quais.
Córtex pré-frontal
Quando nos apaixonamos, várias áreas do cérebro são ativadas e trabalham em conjunto para criar essa sensação avassaladora. Uma dessas áreas é o córtex pré-frontal, que está envolvido no processamento cognitivo e no pensamento lógico. Durante a paixão, essa região pode ser parcialmente desligada, o que explica por que muitas vezes nos sentimos tão imersos emocionalmente e menos racionais quando estamos apaixonados. Essa diminuição da atividade no córtex pré-frontal também está relacionada à sensação de euforia e ao pensamento obsessivo em relação à pessoa amada.
Dopamina
Outra área do cérebro que desempenha um papel importante na paixão é o sistema de recompensa, que inclui a liberação de neurotransmissores como dopamina, ocitocina e serotonina. A dopamina é particularmente envolvida na experiência da paixão, pois está associada à sensação de prazer e recompensa. Quando estamos apaixonados, a dopamina é liberada em áreas como o núcleo accumbens, criando uma sensação de felicidade e bem-estar. Essa liberação de dopamina também está relacionada à motivação para buscar a presença e a atenção da pessoa amada.
Ocitocina
A ocitocina, por sua vez, é conhecida como o hormônio do amor. Ela desempenha um papel importante na formação de vínculos emocionais e sociais. Durante a paixão, a liberação de ocitocina aumenta, fortalecendo os laços emocionais entre os parceiros. Esse hormônio está associado a sentimentos de confiança, intimidade e conexão.
Sistema nervoso
Além disso, a paixão também pode desencadear respostas físicas no corpo, como aceleração do ritmo cardíaco, sudorese e rubor. Essas respostas são causadas pela ativação do sistema nervoso autônomo, que regula funções corporais involuntárias.
Da paixão para o amor
É importante ressaltar que a paixão é uma fase inicial do amor romântico e tende a diminuir ao longo do tempo, à medida que o relacionamento se aprofunda e evolui para formas mais estáveis de amor, como o amor comprometido. Nessa fase, outras áreas do cérebro, como o córtex cingulado anterior e o córtex orbitofrontal, se tornam mais ativas, envolvendo o processamento emocional e a tomada de decisões a longo prazo.
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