Casamento com dinâmica de Mãe e Filho

Em alguns relacionamentos, pode surgir uma dinâmica que se assemelha à relação entre mãe e filho, desequilibrando a parceria e prejudicando a saúde do casamento. Vamos explorar algumas características dessa dinâmica e como elas podem impactar negativamente a relação conjugal.

1. Ter que Falar Mais de Uma Vez

Em um relacionamento saudável, a comunicação eficaz é fundamental. No entanto, quando um parceiro se comporta como um filho, pode ser necessário repetir constantemente os pedidos e preocupações para serem ouvidos. Isso pode criar frustração e ressentimento, pois a sensação de ser constantemente ignorado ou não levado a sério mina a confiança e a intimidade no relacionamento.

Isso acontece, porque o parceiro que se comporta como filho, crê que a esposa fará tudo por ele, como sua mãe faria. Assim, ignora todas as suas responsabilidades no relacionamento, não sente que a vida a dois ou da família depende das ações dele para seguir firme.

2. Um Resolve Tudo Sozinho

Quando um dos parceiros assume o papel de “mãe” dominante, o outro pode se acostumar a depender dele para resolver todos os problemas. Isso cria uma dinâmica desigual de poder, onde um se torna responsável por tomar todas as decisões importantes, enquanto o outro se torna passivo e desempoderado. Essa falta de colaboração e compartilhamento de responsabilidades pode minar a igualdade e a autonomia no relacionamento.

O homem que faz o papel de filho, vê a esposa como uma mulher muito forte e capaz, por isso entende que ela não precisa dele. Isso cria um relacionamento que vulnerabiliza a mulher, pois ela não ganha o apoio emocional, financeiro ou físico que precisa. Esse comportamento masculino, deixa a esposa totalmente sobrecarregada e insegura. O homem precisa entender que, por mais que sua esposa pareça forte e autossuficiente, ela precisa de você.

3. Uma Manda e Outro Obedece Calado

É importante distinguir entre a submissão saudável e a dinâmica mãe e filho. Enquanto a submissão bíblica no casamento é baseada no respeito mútuo, na cooperação e na liderança amorosa, a dinâmica mãe e filho é caracterizada pela dominação, manipulação e falta de autonomia do parceiro “filho”. Essa distinção é essencial para promover um relacionamento equilibrado e respeitoso.

Quando a esposa faz o papel de mãe, com o tempo, ela passa a sentir raiva deste marido que não cumpre o seu papel. Então, ela se torna punitiva com o filho rebelde, fortalecendo mais ainda essa dinâmica disfuncional. O autoritarismo se torna presente no relacionamento.

4. Vida Financeira se Tornou um Fardo

Quando um dos parceiros assume o controle completo das finanças, o outro pode se sentir excluído e incapaz de contribuir ou tomar decisões financeiras. Isso pode levar a conflitos e ressentimentos, especialmente se o parceiro “filho” se sentir desvalorizado ou controlado em relação ao seu próprio dinheiro e independência financeira.

O dinheiro é uma ferramenta de poder, tanto para a mulher quanto para o homem. O homem sem dinheiro é um homem simbolicamente castrado, que se sente incapaz e insuficiente. Essa crença o mantém pobre, pois não há perseverança nem confiança em si mesmo para se arriscar e seguir em frente financeiramente. Ele vê na esposa uma fonte de segurança financeira, na qual pode permanecer.

5. Relação Sexual Esfriou

A falta de equilíbrio e intimidade emocional na dinâmica mãe e filho pode se refletir na vida sexual do casal. O parceiro que se sente subjugado ou desempoderado pode perder o interesse pelo sexo, enquanto o parceiro dominante pode não estar ciente das necessidades e desejos sexuais do outro. Isso pode levar a uma diminuição na intimidade física e emocional, prejudicando ainda mais o vínculo entre o casal.

Se a dinâmica criada é de mãe e filho, obviamente a mãe não transa com o filho. Assim, a vida sexual vai morrendo aos poucos e o casal se torna cada vez mais distante. É essa distância que vai revelando cada vez mais o quanto essa dinâmica está sendo abusiva para a esposa e, assim, começa a nascer o desejo pela separação.

6. Se Focam Mais em Fazer Atividades Individuais

Quando um dos parceiros assume o controle sobre as atividades e decisões do casal, o outro pode se sentir excluído ou desencorajado a contribuir. Isso pode levar ao distanciamento emocional e à busca de interesses individuais fora do relacionamento. O casal pode se envolver cada vez menos em atividades compartilhadas, minando ainda mais a conexão e a união entre eles.

A distancia também se dá pelo tempo que não passam juntos fisicamente. Isso acontece porque há tantos conflitos não resolvidos que o casal não consegue se divertir genuinamente quando estão juntos. A admiração é um fator necessário para a construção de dias leves.

7. Não Sentem que Podem Contar com o Apoio do Outro

Em um relacionamento saudável, ambos os parceiros devem sentir que podem contar um com o outro para apoio emocional, prático e financeiro. No entanto, na dinâmica mãe e filho, o parceiro “filho” pode sentir que suas necessidades não são atendidas ou consideradas, enquanto o parceiro “mãe”se vê negligeciada como esposa. Isso pode criar um ambiente de desapego e isolamento, onde ambos os parceiros se sentem sozinhos e não apoiados.

A dinâmica mãe e filho no casamento mina a igualdade, a confiança e a intimidade entre os parceiros. É essencial reconhecer esses padrões prejudiciais e buscar a ajuda de um terapeuta de casais ou conselheiro para promover uma comunicação aberta, igualdade de poder e respeito mútuo. Com esforço mútuo e compromisso, é possível restaurar a parceria e a harmonia no relacionamento, fortalecendo o vínculo entre marido e mulher.